
segunda-feira, 28 de abril de 2008
sábado, 26 de abril de 2008
AGENDA DE SHOWS EM MAIO/2008
DIAS 03 E 31 DE MAIO / RESTAURANTE MIRANTE DO CARIRI AS 20:00 HS.
DIA 16 DE MAIO / SESC JUAZEIRO AS 17:00 hs.
MUSICALIDADE CARIRI UMA PROPOSTA EM ARTE EDUCAÇÃO
A Importância da Educação Musical nas Escolas do Cariri
A educação musical do homem tem suas raízes na Grécia antiga, vários pensadores medievais e renascentistas escreveram sobre sua importância. Lutero e Comenius, Rousseu, Pestalozzi, Frebel e Spencer. Já no século XX, John Dewey afirma que a música tem fundamental importância para educação, já que ela expressa os conflitos e resoluções presentes na vida ( 1979).
Quanto à legislação Brasileira sobre o ensino da música nas escolas, foi regulamentada desde o Império com a Lei 630, aprovada por D.Pedro II em 1851, que estabelecia o conteúdo da educação musical nas escolas primárias e secundárias.
Mesmo a música sendo vista como elemento positivo na vida escolar, a verdade é que são tantos os obstáculos, quanto seus princípios de valorização. Em se tratando da região do Cariri, dentro da realidade das escolas regulares, há perspectivas de propostas, porém não condiz com os espaços disponíveis.O que vem de fato acontecendo em nível de ensino aprendizagem musical, tem sido através de trabalhos alternativos, como é o caso da Fundação Casa Grande, mantida por instituições como UNICEF, através de projetos esporádicos chamados de cursos de capacitação para professores de educação infantil e como acontece com o trabalho do próprio Di Freitas dando sua contribuição muitas vezes em entidades filantrópicas, sem fins lucrativos.
Participei de um desses projetos, sendo facilitadora, ministrando dois módulos: Ensino das Artes Visuais e Ensino da Música, no Município de Crato – CE,
uma parceria entre o Governo do Estado com o Município, (2001), numa tentativa de instrumentalizar professores do ensino fundamental , levando-os a refletir sobre sua práxis, e experimentar o conteúdo de cada módulo em suas aulas de arte-educação.
Os módulos foram minuciosamente elaborados para cada disciplina, e apesar de sua execução de apenas 24 horas aulas, tempo insuficiente por sinal, houve uma tentativa, aconteceu! Uma proposta foi praticada para cada um dos módulos, uma direção para aqueles educadores, que sequer faziam idéia de quais eram os princípios básicos dessas disciplinas, foi apontada.
Em depoimentos de algumas professoras: “Eu fico sem saber o que fazer nas aulas de arte”. Seria muito bom se mais cursos para essas linguagens, fossem oferecidos.
Há também a Escola do Padre Ágio, Sociedade Lírica do Belmonte, uma comunidade localizada na zona rural, nos limites extremos da cidade do Crato entre o campo e a cidade, próximo ao batente[1], citado em capítulos anteriores como possível campo de pesquisa.
Uma escola com propósito de formar o músico erudito, composta basicamente por um público de camponeses, dirigida pelo seu fundador Padre Ágio, e pelo Professor e Maestro Felipe além de outros músicos e instrumentistas que voluntariamente prestam serviços, atendendo aqueles que buscam a escola como fonte de pesquisa.
Uma opção profissionalizante para aqueles interessados em aprender qualquer instrumento de orquestra, e o que é melhor com aulas gratuitas para os estudantes, que escolhem o instrumento que mais se afinam, e de acordo com seu processo de aprendizagem, passam a fazer parte da orquestra, atuantes em diversos concertos com repercussão a nível nacional.
Segundo os PCN’s (Parâmetros Curriculares Nacionais), a música está integrada na área de Artes, área esta que é obrigatória conforme LDB 9394/96 desde o fundamental , até o ensino médio nas escolas regulares em todo o Brasil, porém na região do Cariri, além da escassa presença de arte / educadores, vamos nos deparar com uma política completamente inadequada em nível de contratação desses profissionais que, apesar de poucos, podem suprir o mercado ao invés de serem substituídos por qualquer outro profissional de outra área para ministrar essas mesmas aulas que deveriam estar disponíveis para aqueles que são habilitados ou adquiriram algum tipo de especialização através dos cursos de pós-graduação.
Apesar dessa realidade regional, é importante dizer que é preciso que haja alguma mudança nesse setor educacional urgente, para que os profissionais de arte- educação ocupem seus lugares e que as instituições responsáveis por essas contratações estejam atentas a esses currículos, mesmo porque já temos quatro turmas de aproximadamente 50 alunos cada uma, que concluíram o curso de pós-graduação pela Universidade Regional do Cariri nos últimos quatro anos.
Com esses profissionais fora do mercado fica difícil até de se comparar com o que vem se fazendo em arte-educação nos demais estados do País, deixando uma imagem muito negativa para uma região tão rica a culturalmente, reconhecida em todo o território nacional, com reverências ao Crato, atualmente chamada de Capital da Cultura.
Diante da atual conjuntura em que se encontra a área do conhecimento que certamente é da maior importância dentro do contexto cultural, que tem a responsabilidade de construir um cidadão capaz de reconhecer a formação de sua identidade sócio-cultural, e através de sua obra repercutir ao mundo seus elementos e valores artísticos, vê-se contraditória à política local, com relação às demais regiões do país.
[1] Mirante na Chapada do Araripe, em Crato- CE.
A educação musical do homem tem suas raízes na Grécia antiga, vários pensadores medievais e renascentistas escreveram sobre sua importância. Lutero e Comenius, Rousseu, Pestalozzi, Frebel e Spencer. Já no século XX, John Dewey afirma que a música tem fundamental importância para educação, já que ela expressa os conflitos e resoluções presentes na vida ( 1979).
Quanto à legislação Brasileira sobre o ensino da música nas escolas, foi regulamentada desde o Império com a Lei 630, aprovada por D.Pedro II em 1851, que estabelecia o conteúdo da educação musical nas escolas primárias e secundárias.
Mesmo a música sendo vista como elemento positivo na vida escolar, a verdade é que são tantos os obstáculos, quanto seus princípios de valorização. Em se tratando da região do Cariri, dentro da realidade das escolas regulares, há perspectivas de propostas, porém não condiz com os espaços disponíveis.O que vem de fato acontecendo em nível de ensino aprendizagem musical, tem sido através de trabalhos alternativos, como é o caso da Fundação Casa Grande, mantida por instituições como UNICEF, através de projetos esporádicos chamados de cursos de capacitação para professores de educação infantil e como acontece com o trabalho do próprio Di Freitas dando sua contribuição muitas vezes em entidades filantrópicas, sem fins lucrativos.
Participei de um desses projetos, sendo facilitadora, ministrando dois módulos: Ensino das Artes Visuais e Ensino da Música, no Município de Crato – CE,
uma parceria entre o Governo do Estado com o Município, (2001), numa tentativa de instrumentalizar professores do ensino fundamental , levando-os a refletir sobre sua práxis, e experimentar o conteúdo de cada módulo em suas aulas de arte-educação.
Os módulos foram minuciosamente elaborados para cada disciplina, e apesar de sua execução de apenas 24 horas aulas, tempo insuficiente por sinal, houve uma tentativa, aconteceu! Uma proposta foi praticada para cada um dos módulos, uma direção para aqueles educadores, que sequer faziam idéia de quais eram os princípios básicos dessas disciplinas, foi apontada.
Em depoimentos de algumas professoras: “Eu fico sem saber o que fazer nas aulas de arte”. Seria muito bom se mais cursos para essas linguagens, fossem oferecidos.
Há também a Escola do Padre Ágio, Sociedade Lírica do Belmonte, uma comunidade localizada na zona rural, nos limites extremos da cidade do Crato entre o campo e a cidade, próximo ao batente[1], citado em capítulos anteriores como possível campo de pesquisa.
Uma escola com propósito de formar o músico erudito, composta basicamente por um público de camponeses, dirigida pelo seu fundador Padre Ágio, e pelo Professor e Maestro Felipe além de outros músicos e instrumentistas que voluntariamente prestam serviços, atendendo aqueles que buscam a escola como fonte de pesquisa.
Uma opção profissionalizante para aqueles interessados em aprender qualquer instrumento de orquestra, e o que é melhor com aulas gratuitas para os estudantes, que escolhem o instrumento que mais se afinam, e de acordo com seu processo de aprendizagem, passam a fazer parte da orquestra, atuantes em diversos concertos com repercussão a nível nacional.
Segundo os PCN’s (Parâmetros Curriculares Nacionais), a música está integrada na área de Artes, área esta que é obrigatória conforme LDB 9394/96 desde o fundamental , até o ensino médio nas escolas regulares em todo o Brasil, porém na região do Cariri, além da escassa presença de arte / educadores, vamos nos deparar com uma política completamente inadequada em nível de contratação desses profissionais que, apesar de poucos, podem suprir o mercado ao invés de serem substituídos por qualquer outro profissional de outra área para ministrar essas mesmas aulas que deveriam estar disponíveis para aqueles que são habilitados ou adquiriram algum tipo de especialização através dos cursos de pós-graduação.
Apesar dessa realidade regional, é importante dizer que é preciso que haja alguma mudança nesse setor educacional urgente, para que os profissionais de arte- educação ocupem seus lugares e que as instituições responsáveis por essas contratações estejam atentas a esses currículos, mesmo porque já temos quatro turmas de aproximadamente 50 alunos cada uma, que concluíram o curso de pós-graduação pela Universidade Regional do Cariri nos últimos quatro anos.
Com esses profissionais fora do mercado fica difícil até de se comparar com o que vem se fazendo em arte-educação nos demais estados do País, deixando uma imagem muito negativa para uma região tão rica a culturalmente, reconhecida em todo o território nacional, com reverências ao Crato, atualmente chamada de Capital da Cultura.
Diante da atual conjuntura em que se encontra a área do conhecimento que certamente é da maior importância dentro do contexto cultural, que tem a responsabilidade de construir um cidadão capaz de reconhecer a formação de sua identidade sócio-cultural, e através de sua obra repercutir ao mundo seus elementos e valores artísticos, vê-se contraditória à política local, com relação às demais regiões do país.
[1] Mirante na Chapada do Araripe, em Crato- CE.
sexta-feira, 25 de abril de 2008
AUCI VENTURA/CARIRI
Apresentação
Sair por ai, com a cara pro mundo, buscando o que vem de dentro para fora... Assim é a caminhada da artista caririense Auci Ventura. Não é um mero projeto, muito menos uma bandeira ideológica.
Os tempos sempre impuseram transformações para as sociedades das mais remotas, até hoje, na era cibernética, com a sensação de estarmos quase chegando ao limite da ação ao imaginável.
A potencialidade da comunicação; os divãs repletos de indagações sempre sem respostas, e a alternativa de nos ver conectados com outros países e continentes. De uma certa forma, o verdadeiro aldeamento global, que não interfere, mas sugere, que devamos ser um mix, sem que sejamos o misto de conhecimentos.
Entretanto, devemos observar que as nossas condições culturais estão cada vez mais fortemente pressionadas.
A saída é reconhecermos nos nossos artistas a forma e a força de reagir, de oferecer às novas gerações, frutos de uma cultura transcendente, acima de tudo, comprometida com o futuro de quem enxerga nas tradições do nosso povo a única e exclusiva forma de manter acesa a chama do nosso amanhã.
Auci Ventura, é o exemplo claro, de quem labuta, e não nega, de quem está na estrada, pronta para aceitar desafios, sem se importar com o "imposto", sempre no seu posto, sem negar no rosto, as marcas da sua gente, que sempre, eternamente, valoriza a forma de viver, através da canção, da emoção que enche o coração e afaga com as mãos, saboreando em ritmos, poemas e melodias pertinentes, na certeza de que o homem é pura natureza.
O CD de "Cara pro Mundo" é a forma de expressar que, "De fora para Dentro e de Dentro para Fora" , a vida é bela.
Sair por ai, com a cara pro mundo, buscando o que vem de dentro para fora... Assim é a caminhada da artista caririense Auci Ventura. Não é um mero projeto, muito menos uma bandeira ideológica.
Os tempos sempre impuseram transformações para as sociedades das mais remotas, até hoje, na era cibernética, com a sensação de estarmos quase chegando ao limite da ação ao imaginável.
A potencialidade da comunicação; os divãs repletos de indagações sempre sem respostas, e a alternativa de nos ver conectados com outros países e continentes. De uma certa forma, o verdadeiro aldeamento global, que não interfere, mas sugere, que devamos ser um mix, sem que sejamos o misto de conhecimentos.
Entretanto, devemos observar que as nossas condições culturais estão cada vez mais fortemente pressionadas.
A saída é reconhecermos nos nossos artistas a forma e a força de reagir, de oferecer às novas gerações, frutos de uma cultura transcendente, acima de tudo, comprometida com o futuro de quem enxerga nas tradições do nosso povo a única e exclusiva forma de manter acesa a chama do nosso amanhã.
Auci Ventura, é o exemplo claro, de quem labuta, e não nega, de quem está na estrada, pronta para aceitar desafios, sem se importar com o "imposto", sempre no seu posto, sem negar no rosto, as marcas da sua gente, que sempre, eternamente, valoriza a forma de viver, através da canção, da emoção que enche o coração e afaga com as mãos, saboreando em ritmos, poemas e melodias pertinentes, na certeza de que o homem é pura natureza.
O CD de "Cara pro Mundo" é a forma de expressar que, "De fora para Dentro e de Dentro para Fora" , a vida é bela.
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